Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara:
A elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir.
E que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível essa elegância nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece.
É quem cumpre o que promete.
É elegante não ficar espaçoso demais, não mudar de estilo apenas para se adaptar ao de outra pessoa.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar essa delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
Educação faz bem.
Elegância também.
E as duas enferrujam por falta de uso!
Exercite a sua elegância.
Tenho certeza que você não vai se arrepender.
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Há 4 anos
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