Em princípio, lutar pode ser uma reação positiva. Isso não quer dizer que fugir seja uma reação negativa. Tudo depende da situação. É preciso reconhecer os próprios limites, por exemplo, sei que não reagir a um assalto é o melhor, pois reagir pode provocar conseqüências piores que nada fazer. Quando há uma situação de ameaça real a sua vida, o medo não é uma reação patológica, mas de proteção e autopreservação. O mesmo não acontece quando estamos sob o domínio do pânico e o medo passa a tomar conta de nossa consciência. Quando em pânico a pessoa nem foge nem enfrenta, mas fica paralisada e sem controle. É muito comum sentir-se assim durante um programa de reeducação alimentar, onde se sabe o que deve ser feito, porém se sente paralisada e não consegue agir. Nesses casos, deve-se buscar a origem para conseguir agir. Situações reais de perigo exigem discernimento, mas o medo irracional, sem causa real, deve ser enfrentado. É preciso lembrar que nosso inconsciente não diferencia fantasia de realidade. Se ficar pensando em todas as vezes que não conseguiu, ou ainda, que não vai dar certo mesmo, que nem adianta começar, baseando-se nas experiências anteriores negativas, sua mente irá reagir de acordo com esse pensamento, pois o medo nasce da associação que nossa mente estabelece com experiências ameaçadoras que ocorreram, sem discernir que não irão ocorrer mais. Sua mente não sabe distinguir o que é passado e presente. Realidade e fantasia. E se esse seu pensamento continua presente, sua mente irá acreditar nisso como real. Como surge o medo? Isso pode ocorrer. Nossa mente inconsciente é atemporal: não tem passado, futuro. É como se tudo estivesse sendo vivenciado no momento presente. Não há discernimento do que aconteceu, já foi e o que está ocorrendo, misturando assim passado e presente. O medo de que não vai conseguir é muito comum e acaba interferindo diretamente na auto-estima e amor-próprio, além da autoconfiança. Uma pessoa que não age por medo de não conseguir, não acredita em sua capacidade e, assim, está perdendo também a oportunidade de conseguir e de reverter todo esse quadro. Pode ainda haver o medo de aumentar mais o peso e assim ter problemas de saúde, sobrecarregar os órgãos, medo por motivos concretos e que podem estimular muitos a mudarem seus hábitos em busca de uma melhor qualidade de vida. Se você consegue ao menos pensar que pode enfrentar a situação, já é um progresso. Mas, e quando nada conseguimos fazer a não ser sentir medo? O diferencial mesmo é o que cada um busca e quer para si e sua vida. Quando alguém diz que não consegue, que vai desistir porque sabe que não irá conseguir, geralmente são pessoas que estão com a auto-estima muito baixa e amando-se muito pouco. Ou não se sentem capazes de cuidar de si mesmas. Querem fórmulas mágicas, resultados imediatos. Querem o impossível, assim fica mais fácil justificarem para si mesmas que irão desistir por medo. Procure descobrir o que o medo simboliza para você. O que ele representa. Acontece com o medo o mesmo que com outros sentimentos: quanto mais o negamos, mais poderoso ele se torna. Explore seu medo, descubra o que está por trás dele. Se tiver dificuldade em fazer isso, busque ajuda profissional. A pessoa mais prejudicada nesse processo todo é você mesma. Por isso, arregace as mangas e trabalhe contra tudo isso, sem pensar em desistir. Afinal, ou o medo te controla ou você controla ele. Qual você prefere? |
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Há 4 anos
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