sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Medo


Dicas de como exterminá-lo de sua vida

O medo nos acompanha desde sempre! É nosso companheiro e torna nossa sobrevivência possível em um mundo naturalmente cheio de perigos.

Desde bebês nós tememos situações perigosas (escuro, altura, barulhos estridentes, situações desconhecidas). Essa lista vai se modificando ao longo da vida, mas nunca estaremos totalmente livres do medo.

Se dermos uma volta pelo centro da cidade de São Paulo podemos ver um mar de pessoas andando rapidamente, ágeis e apressadas. Essas pessoas certamente têm muitos medos, mas não parecem ter medo de andar. Essas pessoas não temem tentar andar e não conseguir. Elas demonstram confiança em sua capacidade para andar pela rua. Andar não é novidade para elas. Mas isso não foi sempre assim. Um dia andar foi um desafio perigoso para cada um daqueles transeuntes, e para todos nós. Engatinhando nos sentíamos seguros e confortáveis. Andar era ameaçador...
Mas mesmo correndo o risco, tentamos. E certamente caímos muitas vezes. Sentíamos as dores das quedas, chorávamos, mas não desistimos. Levantamos, contando com a ajuda de pessoas que já andavam. Elas nos pegaram pelas mãos (não no colo) e nos guiaram com apoio e incentivos. E então seguimos em frente... TODOS NÓS!! Não paramos frente ao medo e ao risco de cairmos novamente.

Possivelmente, uma coisa que nos ajudou a não desistirmos de andar foi o fato de, ainda bebês, não sermos capazes de antecipar e prever riscos. Se nós soubéssemos, após a nossa primeira queda, que certamente viriam outras quedas, possivelmente muito mais dolorosas do que aquela, teríamos desistido.

Depois, já crianças, muitos de nós fantasiávamos que quando chegasse a idade adulta não teríamos mais medo algum! Que seríamos totalmente fortes e independentes.

E com o passar do tempo fomos percebendo que realmente não tínhamos mais alguns medos como de cair ao andar. Tínhamos segurança em nossa competência para essa tarefa, hoje simples, mas árdua enquanto a aprendíamos. Mas percebemos também que, ao contrário do que imaginávamos, enquanto perdíamos alguns medos passávamos a ter novos... Primeiro de fantasmas e monstros. Depois passamos a temer a opinião dos outros a nosso respeito, ou não sermos bons o suficiente, sempre antecipando possíveis perigos e esperando sempre o pior.

Percebemos então que o medo sempre estará presente enquanto continuarmos crescendo. A única forma de evitar o medo é permanecer onde está, evitando novidades e desafios, se escondendo da vida!

Imagine como seria nossa vida se até hoje não tivéssemos perdido o medo de andar!! Estaríamos literalmente engatinhando e não poderíamos desfrutar as vantagens e o prazer de uma boa caminhada.

Percebemos então que a única forma de nos livrarmos do medo é enfrentando-o. Quanto mais sucumbirmos ao medo e fugirmos dos riscos , maior ele ficará! Mas quando, mesmo com medo, nos levantamos e o encaramos de frente, percebemos que somos maiores do que ele. E se não fugimos, percebemos que quem foge é ele... Devagarzinho, é verdade. Mas sentimos que ele vai indo embora... E aí então podemos aproveitar tudo aquilo que o CAMINHAR SEM MEDO pode nos proporcionar!!

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