quarta-feira, 12 de março de 2008

O intestino manda



O Dr. Dráuzio Varella em seu artigo na Folha de São Paulo de 24 de novembro de 2007, escreveu que o intestino é um órgão temperamental com mecanismos neurológicos de alta complexidade para promover as ondas peristálticas, ou seja, fazer progredir o bolo alimentar. Por isso os fisiologistas o consideram como um segundo cérebro.


Isso mesmo, até existe uma piada em relação a quem manda mais no corpo humano e o vencedor é o intestino. A movimentação intestinal depende de hormônios como o PYY3-36 e de vários neurotransmissores como a serotonina .

Sabemos que a queda de produção da serotonina produz desânimo e depressão e também interfere no intestino atrapalhando a progressão das ondas peristálticas provocando obstipação (prisão de ventre), diarréia, dispepsia e a síndrome do cólon irritável. Portanto o controle emocional é muito importante para



a perda de peso.

Muitas pessoas, sendo a maioria mulheres, se queixa de prisão de ventre e nos medicamentos (fórmulas) para emagrecer é comum associar laxantes. Nós sempre temos orientado em nossas matérias que o emagrecimento deve ser feito com dietas alimentares de qualidade e quantidade adequadas, somadas aos exercícios físicos, muita água (no mínimo dois litros por dia) e principalmente controle emocional.

“o emagrecimento deve ser feito com dietas alimentares de qualidade e quantidade adequadas, somadas aos exercícios físicos, muita água e principalmente controle emocional”

Desta maneira fica fácil perceber que uma coisa depende da outra. Processos de emagrecimento com fatores isolados não são saudáveis ou não têm consistência nem sustentação para a manutenção do peso.


Quanto à dieta, é importante observar os horários das refeições, não pular nenhuma delas para que o organismo acostume a ter fome no horário certo e também o intestino estabelecer seu horário de funcionamento. A quantidade de água a ser ingerida é para ajudar que o bolo fecal fique amolecido. As fibras de cereais, das frutas e das verduras ajudam a compactá-lo. Evitar refeições copiosas à noite também ajuda.

Certos alimentos picantes, muito salgados, ou com excesso de conservantes poderão produzir fermentação e conseqüentemente a flatulência (gases). Cada pessoa deve perceber quais alimentos causam esses transtornos e evitá-los. Como exemplo, podemos citar trigo e derivados em excesso, leite (pela intolerância à lactose) e carne vermelha para alguns.

Finalmente o controle emocional e atividades anti-estressantes agradáveis colaboram para liberação harmoniosa dos neurotransmissores como serotonina e dopamina resultando num emagrecimento saudável e sem necessidade de medicamentos. Os exercícios físicos também liberam endorfinas que nos equilibram.

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