quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Bebes prematuros...


Cuidados em dobro para garantir a saúde física e psíquica

Atualmente fala-se muito no nascimento de bebês prematuros - aqueles que nasceram antes de completar as 37 semanas de vida no útero da mãe, conforme a expectativa dos pais e dos médicos.

O número de prematuros vem aumentando significativamente nos últimos anos porque são cada vez maiores os conhecimentos e os recursos tecnológicos utilizados na medicina, o que vem permitindo que se possa cuidar com bom êxito destas gestações que apresentem algum transtorno e que exigem o nascimento da criança antes dos noves meses esperados.

Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, calcula-se que 20% a 22% dos nascimentos sejam prematuros e estima-se que 50% dessas crianças vêm a falecer em função das complicações que possam surgir logo após seus nascimentos, se não forem atendidas adequadamente.

Em função de nascerem algum tempo antes da maturidade desejável, os prematuros apresentam, naturalmente, nas primeiras horas e nos primeiros dias dificuldades de adaptação como problemas respiratórios, circulatórios e infecciosos. Como proteção a essa fragilidade o uso da incubadora é o recurso imediato adotado em todos os hospitais e, se parecer necessário, em casos mais graves, a internação na UTI Neonatal, onde os cuidados são maiores.

Os pais, especialmente as mães, precisam ser cuidadosamente orientadas para cuidar dos seus bebês durante a internação na UTI e, especialmente, na saída e alta do hospital. Isso representa, muitas vezes, um problema muito grande para a família que se sente insegura, incapaz, para lidar de seu bebê, o que gera um outro problema, de natureza psicológica, tanto no sentido de super-proteger excessivamente a criança por medo de perdê-la, ou de rejeitar cuidar dela por não suportar a decepção de que a criança não corresponde ao que foi imaginado durante a gravidez. Essas reações são naturais e bastante comuns, mas geram problemas graves que vão aparecer a longo prazo.

A construção de um saudável elo entre a mãe e o bebê exige muitas vezes que se recorra a profissionais que possam ajudar a família, os pais, mas, sobretudo, a mãe a cuidar amorosamente de seu bebê com tranquilidade e segurança.

A criança precisa vitalmente de uma forte ligação com sua mãe para poder enfrentar sua vida com segurança, não apenas enquanto bebê, mas por toda sua existência. Vem sendo comprovado, cada vez com maior certeza, que o elo inicial mãe-bebê é o fundamento que irá garantir a saúde física e psíquica desta dupla e de toda família.

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