quarta-feira, 31 de março de 2010

ALERGIAS RESPIRATÓRIAS

O TRATAMENTO das alergias respiratórias avançou muito nos últimos anos. Mesmo assim, a mortalidade por asma - o quadro que reúne os sintomas mais agudos desse mal - continua crescendo no mundo. Só no Brasil, ela mata seis pessoas por dia. Uma pesquisa patrocinada pela Organização Mundial de Alergia mostra que uma das causas desse aumento é a falha na comunicação entre médicos e pacientes. Sem ter consciência da gravidade do problema e de como se tratar,o paciente acaba vivendo em meio a crises, melhoras e recaídas. Uma pesquisa feita em 11 países da América Latina, entre eles o Brasil, publicada na revista SALUD PUBLICA, da Organização Panamericana da Saúde, aponta o resultado dessa situação: 97,6% das pessoas que sofrem de alergias respiratórias, com sintomas de asma, lidam de forma incorreta com a doença."É comum a prática de correr ao pronto-socorro só na hora da crise", afirma o pediatra Bernardo Kiertsman, presidente da Regional São Paulo da Associação Brasileira de Asmáticos (Abra). "É como se a casa estivesse pegando fogo e você se limitasse a apagar o incêndio, sem consertar o cano de gás que furou." Segundo o médico, a asma deve ser tratada quando o paciente está bem, para que continue assim. Isso quer dizer que o enfoque atual é a prevenção. Ela requer uso diário de antiinflamatórios, cuidados ambientais para manter o alérgico longe de substâncias irritantes e vacinas.Aqui, especialistas respondem dúvidas sobre o tema.
Asma, bronquite e rinite são a mesma coisa?
"Muitos ainda acreditam que bronquite é diferente da asma. Não é", diz Kiertsman. Trata-se da inflamação crônica dos brônquios, que estreita a passagem de ar e dificulta a respiração. Os sintomas são tosse seca, chiado no peito, sufocamento e falta de ar. Já a rinite se caracteriza pela inflamação das vias aéreas superiores, que provoca espirros intermináveis, coceira e obstrução nasal, além de dor de cabeça. Ambas eram tratadas como problemas alérgicos distintos. Hoje, os cientistas dizem que são manifestações diferentes de uma doença respiratória. A conclusão surgiu depois da constatação de que 80% dos asmáticos apresentam rinite e um terço dos que têm diagnóstico de rinite sofre de asma. Verificou-se, ainda, que a piora de um quadro exacerba os sintomas do outro. "O tratamento simultâneo possibilita contornar as crises", informa o alergista Fábio Morato Castro, supervisor do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
Por que a incidência das alergias respiratórias está aumentando?
Cerca de 10% da população do país apresenta sintomas de asma e quase 30% de rinite. Estima-se que até o fim deste século metade dos brasileiros sofra com esse e com outros tipos de alergia. O aumento é observado mais na cidade do que no campo, o que levou os cientistas a propor a teoria da higiene. Mário Geller, porta-voz no Brasil do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia, explica: "As pessoas vivem em ambientes esterilizados e consomem alimentos pasteurizados. Com isso, são menos expostas a vírus, bactérias e outros agressores. Já que o ambiente não estimula suas defesas, seu sistema imunológico, por uma predisposição genética, acaba se voltando contra substâncias inertes como pó, mofo". De acordo com Geller, co-autor do livro ALERGIA, ALEGRIA, também contribuem para o aumento o uso abusivo de antibióticos e a poluição: quem vive às margens de rodovias apresenta mais respostas alérgicas.
matéria publicada em Claudia http://claudia.abril.uol.com.br/materias/2256/?pagina3&sh=33&cnl=43&sc=

Fonte:http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/otolaryngology/1745638-alergias-respirat%C3%B3rias/

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