terça-feira, 30 de março de 2010

Depressão

Causas da Depressão

A depressão maior não é causada por apenas um fator. Provavelmente é conseqüência da combinação de fatores biológicos, genéticos e psicológicos, entre outros. Algumas condições de vida (como “stress” extremo ou luto) podem desencadear uma tendência natural, psicológica ou biológica, para depressão. Em algumas pessoas, a depressão aparece mesmo quando tudo está bem.

O consumo excessivo de álcool ou o uso de drogas algumas vezes podem levar à depressão. Assim que esses hábitos são interrompidos, a depressão pode desaparecer. Procure seu médico se tiver problemas com álcool ou drogas. Para isso também existe tratamento. Lembre-se de que a depressão maior não é causada por fraqueza, preguiça ou falta de força de vontade.

É uma doença que pode ser tratada. Conhecer as causas da depressão ajuda os deprimidos, seus amigos e sua família a entender quanto ela é dolorosa e por que não é possível “sair dela”. Em nosso cérebro existem mensageiros químicos chamados neurotransmissores.

Esses mensageiros ajudam a controlar as emoções. Os dois mensageiros principais são a serotonina e a norepinefrina. Os níveis deles aumentam ou diminuem, mudando nossas emoções. Quando os neurotransmissores encontram-se “em equilíbrio”, sentimos a emoção certa para cada ocasião. Quando alguém está deprimido, os mensageiros químicos não estão em equilíbrio. Isso significa que alguém pode se sentir triste quando deveria estar alegre.

Ainda não está claro por que isso ocorre em algumas pessoas e não em outras, mas parece que a depressão ocorre em certas famílias. Outros desencadeadores da depressão são:

Eventos estressantes ou perdas. É normal sentir-se triste após uma perda, como a morte de um ente querido ou o rompimento de uma relação. Às vezes essa tristeza pode se transformar em depressão, em pessoas que têm essa tendência.

Problemas de dinheiro, trabalho ou outros problemas pessoais podem também desencadear a depressão;

Algumas doenças, como esclerose múltipla ou derrame, podem causar alterações cerebrais que levam à depressão.

Outras doenças podem levar à depressão porque são dolorosas e mudam a vida das pessoas.

Níveis hormonais. Os hormônios são substâncias que se encontram no organismo. Se os níveis de hormônios entrarem em desequilíbrio, a depressão pode surgir. Por exemplo, pessoas com problemas de tireóide podem ficar deprimidas.

O uso de certos medicamentos, drogas ou álcool. Alguns medicamentos, como os remédios para pressão alta, podem causar depressão. (Se isso ocorrer, entre logo em contato com o médico.) O álcool e algumas drogas ilegais podem piorar a depressão. Não é bom que os deprimidos usem essas substâncias, mesmo que pareçam ajudar momentaneamente.
Tipos de depressão

A depressão pode ser classificada de acordo com a causa, com a presença ou não de um componente genético (história familiar), com os sintomas e com a gravidade do quadro, em:

Primária (quando não tem uma causa detectável) ou secundária (atribuível a doenças físicas ou a medicamentos).

Genética, de acordo com o padrão de aparecimento em membros de uma mesma família (esporádica, espectral ou familial).

Unipolar (quando não há ocorrência de episódios de mania) ou bipolar (quando ocorrerem sintomas intercalados ou concomitantes de mania).

Leve ou grave, de acordo com a gravidade dos sintomas e o grau de comprometimento funcional.
Tipos de Depressão

Depressão reativa ou secundária

Surge em resposta a um estresse identificável como perdas (reações de luto), doença física importante (tumores cerebrais, AVC, hipo ou hipertireoidismo, doença de Cushing, LES, etc.), ou uso de drogas (reserpina, clonidina, metildopa, propranolol, promazina, clorpormazina, acetazolamida, atropina, hioscina, haloperidol, corticosteróides, benzodiazepínicos, barbitúricos, anticoncepcionais, hormônios tireoidianos, etc). Corresponde a mais de 60% de todas as depressões.

Depressão menor ou distimia

É uma desordem depressiva crônica durando pelo menos 2 anos em adultos e que se manifesta pela presença da síndrome depressiva, onde o paciente consegue funcionar socialmente mas sem experimentar prazer.

Depressão maior ou unipolar

É uma desordem depressiva primária, endógena, e que não tem relação causal com situações estressantes, patologias orgânicas ou psiquiátricas, caracterizando-se por episódios puramente depressivos em períodos variáveis da vida do paciente geneticamente predisposto à doença. Resultaria de uma inclinação inata determinada por fatores hereditários e bioquímicos que produziriam um distúrbio da neurotransmissão central, secundária a um déficit funcional de neurotransmissores (dopamina, noradrenalina e/ou serotonina) e/ou a uma alteração transitória de seus receptores ao nível do SNC. Durante o episódio, os sintomas depressivos são severos e intensos, impedindo o indivíduo de agir normalmente, havendo alto risco de suicídio se não tratado. Corresponde a cerca de 25% de todas as depressões.

Depressão bipolar ou psicose maníaco-depressiva

É também uma desordem primária, endógena e que se caracteriza por episódios depressivos alternados com fases de mania ou de humor normal, com estados de significativa mudança de humor do paciente (oscilações cíclicas do humor entre "altos" (mania) e "baixos" (depressão)). Quando deprimida, a pessoa pode ter alguns ou todos os sintomas de depressão. Quando em mania, torna-se falante, eufórica e/ou irritável, cheia de energia, grandiosa. A mania prejudica o raciocínio, a crítica (capacidade de julgamento) e o comportamento social, podendo ocasionar graves conseqüências e constrangimentos, pois a pessoa em fase mania se envolve facilmente em negócios mirabolantes e incertos ou em aventuras românticas e toma atitudes precipitadas e inadequadas. Se não tratada, a mania pode piorar, evoluindo para quadro psicótico (com delírios e/ou alucinações). Essa desordem afetiva estaria relacionada com um distúrbio da neurotransmissão central secundário a um déficit de neurotransmissores ou hipossensibilidade de seus receptores na fase depressiva e a um aumento destes neuro-hormônios ou da hipersensibilidade de seus receptores na fase maníaca. Corresponde a cerca de 10% de todas as depressões.
Subtipos de Depressão

A depressão pode variar muito em relação a sintomas, história familiar, resposta ao tratamento e evolução. Alguns subtipos de depressão são claramente distintos, com implicações na escolha do tratamento e no prognóstico:

Depressão melancólica ou endógena

Forma grave, com acentuado retardo ou agitação psicomotora, anedonia, humor não reativo a estímulos agradáveis, despertar matinal precoce, sintomas piores de manhã.

Depressão atípica

Humor reativo a estímulos (a pessoa consegue se alegrar com estímulos agradáveis), inversão dos sintomas vegetativos (ao invés de insônia e falta de apetite, a pessoa tem hipersonia e aumento de apetite), ansiedade acentuada, queixas fóbicas.

Depressão sazonal

Relacionada à luminosidade diurna, com episódios que se repetem no outono/inverno e sintomas atípicos. Mais freqüente em países com inverno rigoroso, melhora com fototerapia (exposição diária prolongada a luz forte).

Depressão com sintomas psicóticos

Forma rara, porém grave, com delírios e alucinações.

Depressão pós-parto

Ocorre entre 2 semanas a 12 meses após o parto, com risco maior em mulheres com antecedentes de depressão. Considera-se que o parto (e as mudanças que ele traz, hormonais e de vida) seja um potente estressor, desencadeando depressão em mulheres com tendência à mesma.
Tratamentos

O tratamento da Depressão evidentemente, como enfatizamos, quando se refere ao tratamento dos deprimidos não restringe-se exclusivamente ao tratamento medicamentoso. A depressão é uma doença "do organismo como um todo", que compromete o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento. A Depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas.

Tratamentos psicológicos específicos para episódio depressivo são efetivos, com maior evidências para depressões leves e moderadas.

Os diferentes antidepressivos têm eficácia semelhante para a maioria dos pacientes deprimidos, variando em relação ao seu perfil de efeitos colaterais e potencial de interação com outros medicamentos.

Primeiramente, é importantíssima a procura de uma orientação adequada para o diagnóstico e tratamento da depressão. Quer o orientador seja o médico da família, um psiquiatra, psicólogo ou outro profissional, o objetivo do aconselhamento será sempre o mesmo: ajudar a entender a depressão e desenvolver formas de lidar com ela. A orientação pode ser individual ou em grupo. A família pode ou não estar envolvida. Assim como os medicamentos, o aconselhamento não traz resultados imediatos.

A avaliação médica é necessária para que se saiba os sintomas e por quanto o paciente está acometido pela depressão. Esta avaliação inclui exames físicos e testes laboratoriais.

Algumas perguntas facilitam o diagnóstico da depressão, como por exemplo:

* Alguém em sua família sofre de depressão?
* Está tomando algum medicamento?
* Você sofreu alguma alteração ou perda importante em sua vida?
* Tem tido alterações no sono ou no apetite?
* Tem pensado em morte ou suicídio?
* Tem dificuldade de se concentrar no trabalho?
* Tem sentido mudanças no desejo sexual?

Antidepressivos

Há muitos tipos de antidepressivos. Todos são igualmente eficazes no tratamento dos sintomas da depressão, diferindo apenas nos efeitos colaterais.

Os primeiros antidepressivos amplamente usados foram os tricíclicos. São muito eficazes, mas causam efeitos colaterais porque afetam substâncias químicas do cérebro não relacionadas com a depressão. Entre esses efeitos estão boca seca, constipação, visão embaçada, pressão arterial baixa, sonolência diurna e ganho de peso. Os tricíclicos também são perigosos em caso de dosagem excessiva.

Desde 1989, vários novos antidepressivos foram desenvolvidos. Eles foram criados para afetar somente a serotonina, uma substância química do cérebro. São mais seguros e mais bem tolerados do que os tricíclicos. Por exemplo, eles raramente causam aumento de peso. O mais popular desses novos antidepressivos é composto por cloridrato de fluoxetina. Esses novos medicamentos também têm possíveis efeitos colaterais, como náusea, insônia, nervosismo e agitação. Como a maior parte dos deprimidos tem dificuldade para dormir, esses efeitos colaterais podem incomodar.

Infelizmente, nem todas as pessoas com depressão reagem ou toleram bem aos antidepressivos existentes. Porém, as pesquisas nessa área avançam substancialmente.
Serotonina

A Serotonina é uma substância chamada de Neurotransmissor que existe naturalmente em nosso cérebro e, como tal, serve para conduzir a transmissão de uma célula nervosa (neurônio) para outra. Atualmente a Serotonina está intimamente relacionada aos transtornos do humor, ou transtornos afetivos e a maioria dos medicamentos chamados antidepressivos agem produzindo um aumento da disponibilidade dessa substância no espaço entre um neurônio e outro.

Para se ter uma noção da influência bioquímica sobre o estado afetivo das pessoas, basta lembrar dos efeitos da cocaína, por exemplo. Trata-se de um produto químico atuando sobre o cérebro e capaz de produzir grande sensação de alegria, ou seja, proporciona um estado emocional através de uma alteração química.

Outros produtos químicos, ou a falta deles, também podem proporcionar alterações emocionais. Pensando nisso, em meados desse século a medicina começou a suspeitar ser muito provável a existência de substâncias químicas atuando no metabolismo cerebral capazes de proporcionar o estado depressivo. Isso resultou, nos conhecimentos atuais dos neurotransmissores e neuroreceptores, muitíssimos relacionados à atividade cerebral. Alguns desses neurotransmissores, notadamente a serotonina, noradrenalina e dopamina, estão muito associados ao estado afetivo das pessoas. Assim sendo, hoje em dia é mais correto acreditar que o deprimido não é apenas uma pessoa triste, aliás, alguns deprimidos nem tristes ficam. É mais acertado acreditar nos deprimidos como pessoas que apresenta um transtorno da afetividade, concomitante ou proporcionado por uma alteração nos neurotransmissores e neuroreceptores. Inclusive observou-se que as pessoas submetidas a dietas com baixos teores de Triptofano, uma substância (aminoácido) precursora da Serotonina, desenvolviam um quadro depressivo moderado. Também foram realizados testes em pacientes gravemente deprimidos, bem como em pacientes suicidas, e constataram-se também baixíssimos níveis da Serotonina no líquido espinhal dessas pessoas.

Existe um teste (entrevista) internacional para avaliação do grau de depressão chamado teste de Hamilton. Pois bem, este teste mostra altas pontuações (sugerindo maior depressão) em pessoas com dosagem menor de triptofano (o precursor da Serotonina). Essas pesquisas abrem a possibilidade de se utilizar o triptofano como coadjuvante no tratamento de pacientes deprimidos, coisa que já vem sendo feita por muitos psiquiatras.

Também os Transtornos da Ansiedade, principalmente o Transtorno Obsessivo-Compulsivo e o Transtorno do Pânico, estariam relacionados a Serotonina, tanto assim que o tratamento para ambos também é realizado às custas de antidepressivos que aumentam a disponibilidade de Serotonina. Nesses estados ansiosos, também a noradrenalina, um outro neurotransmissor estaria diminuído.

A ação terapêutica das drogas antidepressivas ocorre no Sistema Límbico, o principal centro cerebral das emoções. Este efeito terapêutico é conseqüência de um aumento funcional dos neurotransmissores na fenda sináptica (espaço entre um neurônio e outro), principalmente da Norepinefrina (NE) e/ou da Serotonina (5HT) e/ou da dopamina (DO), bem como alteração no número e sensibilidade dos neuroreceptores. O aumento de neurotransmissores na fenda sináptica pode se dar através do bloqueio da recaptação desses neurotransmissores no neurônio pré-sináptico (neurônio anterior) ou ainda, através da inibição da Monoaminaoxidase (MAO), a enzima responsável pela inativação destes neurotransmissores. Será, portanto, os sistemas noradrenérgico, serotoninérgico e dopaminérgico do Sistema Límbico o local de ação das drogas antidepressivas empregadas na terapia dos transtornos da afetividade.

A constatação do envolvimento dos receptores 5HT, conhecidamente implicados na Depressão, também na sintomatologia da Ansiedade parece ser um importante ponto de partida para a identidade terapêutica dos dois fenômenos psíquicos como tendo uma raiz comum (Bromidge e cols, 1998, Kennett e cols, 1997), seja em relação às causas dos dois transtornos, seja do ponto de vista do tratamento dos dois transtornos com antidepressivos.
No Sono

Os baixos níveis de Serotonina estão relacionados com alterações do sono, tão comuns em pacientes ansiosos e deprimidos. Essas alterações do sono, normalmente através da insônia, deve-se ao desequilíbrio entre a Serotonina e um outro neurotransmissor, a acetilcolina.

O tratamento com antidepressivos pode melhorar o desempenho do sono, embora em alguns casos possa haver insônia. Outro efeito que pode ser muito útil dos antidepressivos é em relação ao tratamento de pessoas dependentes de medicamentos hipnóticos (para dormir), já que estes proporcionam um certo desequilíbrio na acetilcolina.
Na Atividade Sexual

Tendo em vista a ação da Serotonina na diminuição da liberação de estimulantes da produção de hormônios pela hipófise, ou seja, quanto mais serotonina menos hormônio sexual, alguns antidepressivos que aumentam a Serotonina acabam por diminuir a atividade sexual.
No Apetite

A vontade de comer doces e a sensação de já estar satisfeito com o que comeu (saciedade) dependem de uma região cerebral localizada no hipotálamo. Com taxas normais de Serotonina a pessoa sente-se satisfeita com mais facilidade e tem maior controle na vontade de comer doce. Havendo diminuição da Serotonina, como ocorre na depressão, a pessoa pode ter uma tendência ao ganho de peso. É por isso que medicamentos que aumentam a Serotonina estão sendo cada vez mais utilizados nas dietas para perda de peso. Um desses medicamentos é a fluoxetina, a qual, além de tratar a depressão, aumentando a Serotonina, também proporciona maior controle da fome (notadamente para doces).
Outros

Também na regulação geral do organismo a Serotonina tem um papel importante. A temperatura corporal, por exemplo, controlada que é no Sistema Nervoso Central (SNC) recebe uma influência muito grande dos níveis de Serotonina. Isso talvez possa explicar porque algumas pessoas têm febre de origem emocional, predominantemente as crianças. Também interfere no limite da sensação de dor. Algumas doenças caracterizadas por dores de tratamento difícil podem ser muito beneficiadas com medicamentos que aumentam a Serotonina. É o caso, por exemplo, da enxaqueca, das lombalgias (dores nas costas) e outros quadros de dor inespecífica.
Psicofármacos

Os psicofármacos mais utilizados no tratamento da depressão são:

Prozac

O prozac é a fluoxetina, um antidepressivo inibidor da recaptação da serotonina. Suas principais indicações são para o tratamento da depressão, do transtorno obsessivo-compulsivo e da bulimia nervosa. A dose geralmente usada varia entre 20 e 80mg ao dia. O ajuste da dose depende dos benefícios e efeitos colaterais que o paciente estiver passando. Pacientes que tenham alcançado um benefício satisfatório com 20mg não terão motivo para elevar a dose. Os efeitos colaterais mais comuns geralmente passageiros são: dores de cabeça, insônia, nervosismo, tonteiras, enjôo ou diarréia. Outros efeitos relatados com menos freqüência foram: sedação, ansiedade, zumbidos, sensação de cansaço, tremores, aumento da quantidade de suor, inapetência, prisão de ventre, má digestão.

Anafranil

O princípio ativo do anafranil é a clomipramina, um antidepressivo tricíclico, portanto dos mais antigos antidepressivos. A apresentação em drágeas de 10 e 25mg. A dose média recomendada é 100mg/dia, podendo chegar a 250mg ou 300mg caso os efeitos colaterais sejam bem tolerados pelo paciente e os benefícios justifiquem essa dose. Pode ser usada em crianças na dose de 3mg/Kg de peso por dia. Para abrandar os efeitos colaterais a dose deve ser elevada lentamente e ao fim do tratamento retirada lentamente também, com alguns dias de intervalo entre uma e outra redução. Em geral o médico retira aproximadamente 25% da dose a cada redução.

Os principais efeitos do anafranil são o combate à depressão e aos sintomas obsessivos. Quanto ao primeiro efeito sua ação é semelhante aos demais do grupo (imipramina, amitriptilina, nortriptilina). Contudo como antiobsessivo destaca-se por ser consideravelmente superior aos do seu grupo, equivalendo-se apenas aos antidepressivos do grupo dos inibidores da recaptação da serotonina. Além desses efeitos possui também eficácia suficiente para bloquear as crises de pânico. Uma outra situação freqüentemente usada é a dor crônica que encontra em associação de outras medicações com o anafranil bons resultados. A principal limitação dessa medicação está nos efeitos colaterais que muitas vezes não são tolerados pelos pacientes.

Os principais efeitos colaterais são: secura da boca, que deve ser contornada com pequenos e freqüentes goles de água; prisão de ventre que pode ser controlada com uma dieta rica em fibras como farelo de trigo que não engorda e facilita o trânsito intestinal, laranjas com bagaço também são muito úteis e saudáveis; aumento do apetite e conseqüentemente do peso; visão embaçada; inibição do desejo sexual é proporcional a dose e mais significativa nas mulheres; efeitos genéricos como dores de cabeça, tonteiras, zumbidos, queda da pressão arterial ao levantar-se e mesmo alterações do ritmo cardíaco em pessoas com problemas prévios podem acontecer. Todos esses problemas desaparecem quando a medicação é suspensa e geralmente melhoram quando a dose é reduzida.
Você é Depressivo

Caso você se identifique com alguns destes tópicos, pense seriamente em procurar ajuda médica, pois você pode estar apresentando um quadro depressivo.

Sinto-me miserável e triste.
Acho difícil fazer as coisas que eu costumava fazer.
Fiquei com uma sensação de medo ou pânico aparentemente sem nenhuma razão.
Falo choramingando ou tenho exatamente esta impressão.
Não aprecio as coisas que eu costumava fazer.
Estou agitado e não consigo permanecer quieto.
Não consigo adormecer facilmente sem as pílulas para dormir.
Sinto-me ansioso quando saio de casa sozinho.
Perdi o interesse pelas coisas em geral.
Fico cansado sem motivo algum.
Estou mais irritável do que o usual.
Acordo de madrugada e depois durmo mal o resto da noite.

Fonte: www.virtual.epm.br

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