segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

ENTERRE O PASSADO E SIGA EM FRENTE



A história de uma catástrofe em Lisboa carrega uma lição. Ficar lamentando, reclamando ou culpando Deus, como fez Voltaire, não ajuda absolutamente em nada. Aprenda com os acontecimentos, enterre o passado e ajude a manter a ordem.

No dia primeiro de novembro de 1755, Lisboa foi devastada por um terremoto. Por ser Dia de Todos os Santos, as igrejas estavam lotadas e trinta delas foram destruídas. Em seis minutos 15.000 pessoas morreram e outras 15.000 agonizavam. Este foi o equivalente do século dezoito a um holocausto nuclear, mas não causado pela perversidade humana.

Um dos muitos pensadores horrorizados por este evento foi o filosofo Francês Voltaire. Seu clamor foi simplesmente: “Se Deus é livre, justo e benevolente, por que sofremos sob o seu cetro?”


Mas Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marques de Pombal, ocupava a pasta de primeiro ministro do rei e reagiu de maneira diferente, ele disse: “Enterrem os mortos e alimentem os vivos”. Numa caligrafia delicada Pombal baixou três atos. O primeiro era livrar-se dos mortos para evitar doenças, o segundo impor teto para o preço do pão e assim alimentar a população, e o terceiro, impor a ordem pública.

“Ficar lamentando, reclamando ou culpando Deus, como fez Voltaire, não ajudará absolutamente em nada”

A destruição de Lisboa foi tal que a remoção dos corpos tornou-se essencial para evitar a disseminação de doenças e peste. Pombal convenceu então o patriarca de Lisboa a autorizar que os corpos fossem recolhidos sem cerimônia, colocados em barcos, enviados para o Atlântico e despejados no oceano sem os habituais ritos fúnebres


Para conter a ordem publica, pombal autorizou juízes a reagirem instantaneamente em caso de saque ou assassinato. Ordenou que fossem armadas 80 forcas por toda a cidade, onde os flagrados saqueando e cometendo outros crimes eram enforcados sumariamente.

A catástrofe de Lisboa deu inicio ao enfoque cientifico dos terremotos. Muitas equipes científicas foram enviadas à capital portuguesa para estudar o cataclismo.

Sabemos que terremotos podem acontecer nas nossas vidas, ceifando nossos bens mais preciosos. Nesses momentos precisamos ser fortes e duros, como o marquês da história de Portugal, e agir com rapidez e discernimento.

Ficar criticando? Se tivessem ouvido o que você disse, teria sido diferente? Já aconteceu, apóie a reconstrução, ajude a alimentar os que estão vivos.

Agir com rapidez às vezes é necessário. É questão de Atitude!

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