terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Exercícios durante a gravidez



Devido à proximidade do dia das mães, homenageamos nesta matéria todas as grávidas, em especial aquelas que desejam manter a boa forma através da atividade física, incentivando-as à prática de exercícios, que são além de seguros, muito benéficos também nesta fase

- Ainda posso fazer ginástica agora que estou grávida?
- Eu não me exercitava antes, mas agora que estou grávida quero começar um programa de exercícios. É possível?
- Quais atividades são seguras e quais são arriscadas?
- Quanto eu posso fazer?

Essas são algumas das perguntas que as mulheres fazem sobre os exercícios quando ficam grávidas. Os exercícios durante a gravidez já foram considerados um tabu.
As mulheres eram aconselhadas
a ficar em pé o mínimo possível, levando uma vida sedentária. Hoje, no entanto, isto mudou, sendo a atividade física recomendada durante toda a gravidez pelos médicos, exceto


para aquelas que apresentam complicações na gestação.

A prática regular de exercícios pode trazer muitos benefícios às futuras mamães. Muitos desconfortos comuns na gravidez, como a tendência à formação de varizes e dores nas costas entre outros podem ser aliviados pela prática de exercícios. As grávidas podem aumentar a resistência cardiorespiratória e a resistência muscular, o que ajuda durante o trabalho de parto (principalmente no parto normal) e também fortalece e tonifica os músculos mais afetados durante a gestação: os músculos da pelve, os abdominais e os lombo dorsais.

Sem dúvida, um bom programa de exercícios pode ainda melhorar a postura, causada pela inclinação anterior do quadril (projetando a barriga para frente), através do fortalecimento dos músculos das costas, peito, ombros, barriga e nádegas. Os exercícios também melhoram a circulação sangüínea, reduzindo o inchaço e as cãibras nas pernas.

Um estudo de 1989, publicado pelo American Journal of Obstetrics and Gynecology mostra que as mulheres que haviam se exercitado com moderação e regularidade durante a gravidez, acharam o parto menos doloroso e tiveram uma recuperação pós-parto mais rápida.

Manter-se ativa fisicamente, ajuda no controle de peso e promove o bem estar e ânimo.

Exercícios com o a cintura e o quadril podem ajudar a controlar os músculos da bexiga e a prevenir a incontinência urinária. Enfim, a atividade física na gravidez é uma unanimidade!

Mas atenção! Para começar qualquer programa de exercícios nesta fase, até mesmo para atletas, é necessário a aprovação do médico que irá acompanhar o pré-natal.

Dicas importantes:

- Exercite-se pelo menos 3x por semana;
- Comece devagar e avance gradualmente no programa, sempre com o acompanhamento de um profissional;
- Pare os exercícios e consulte o seu médico, se sintomas incomuns aparecerem, como dores, tontura etc;
- Não prenda a respiração durante os exercícios;
- Retorne gradativamente a sua rotina de exercícios, um mês após o parto;
- Use roupas adequadas, que não apertem a barriga e outras que reforcem os seios;
- Em clima quente, exercite-se em horários mais frescos;
- Beba muita água;
- Monitore o seu pulso, de acordo com a orientação do professor;
- Não deite sobre a sua barriga após os três primeiros meses;
- Não faça exercícios de alto impacto;
- Cuidado com a intensidade dos exercícios. Ouça o seu corpo.

Atividades seguras

- Exercícios aeróbios como caminhada, natação, ciclismo, hidroginástica, entre outras;
- Musculação ou ginástica localizada;
- Alongamentos;
- Ioga.

Todo exercício deve ser feito de forma personalizada, levando em consideração cada gravidez.

Concluindo, o exercício pré-natal deve ser seguro e divertido. Ele pode beneficiar a sua saúde e boa forma não apenas durante a gravidez, mas também no parto e na recuperação pós-parto. Exercite-se com o consentimento do seu médico e o acompanhamento de um professor de educação Física, sempre de forma prudente para aproveitar bem os benefícios adquiridos.

Exercícios durante a gravidez - dicas do médico
Você sabia que fazer atividades físicas, antes e durante a gravidez também ajudam na recuperação após o parto?

Exercícios durante a gravidez - dicas do médico:

Para o Dr. Antônio Carlos Mollo Alarcon, que trabalha há muitos anos com ginecologia e obstetrícia fazer exercícios durante a gravidez é um hábito muito saudável, mas algumas considerações devem ser feitas: "A grávida sempre deve ter o acompanhamento de um profissional, se o médico liberar para a prática
esportiva um professor de educação física deve estar junto." afirma.

O perigo está nas academias, que liberam os aparelhos para uso das alunas e muitas vezes, acabam deixando-as sem a assistência necessária. Muitas maternidades têm programas de ginástica para grávidas, quando escolher onde quer ter o seu bebê, informe-se sobre estas atividades.

Dr. Alarcon ressalta que "A prática esportiva de qualquer espécie ajuda na recuperação após o parto", ter uma boa musculatura, portanto, ajuda antes durante e depois, garantindo um maior preparo da mamãe. Principalmente se a mulher já estava habituada a praticar esportes, o que não impede que você comece a exercitar-se durante este período. Nunca é tarde demais para correr atrás de sua saúde e bem-estar.

Atividades como hidroginástica, caminhada e alongamento são ideais após o terceiro mês. Este primeiro trimestre de gestação pode ser crítico para algumas pacientes, pois é quando o risco de abortamento é maior. Mas se o médico liberar prefira sempre exercícios com moderação e sem impacto.

No que se refere à recuperação, geralmente recomenda-se que recomecem as atividades gradativamente num período de 30 a 60 dias após o parto, levando-se em conta o tipo de parto e as possíveis complicações decorrentes do mesmo.

Mamãe eu quero saúde
Alimentação na gravidez: saiba o que e quanto a mais a
mamãe deve comer durante este período.

Mamãe, eu quero saúde...

Ser mãe exige muito mais do que responsabilidades de educar, amar e dar atenção. Alguns cuidados são necessários desde o momento em que o teste assinala 'positivo' e um deles é com a alimentação. Então, surgem opiniões de amigos e familiares que afirmam, por exemplo, que a gestante 'deve comer por dois'. É importante que a futura mãe saiba que, muitas destas afirmações são mitos, que podem prejudicar a saúde da mãe e do bebê.

Da mesma forma, é errado que ao engravidar a mulher decida perder peso, pois está insatisfeita com 'os quilos a mais'. Esta atitude pode levar a deficiências na formação do bebê e a graves conseqüências no crescimento dele. A mulher que deseja engravidar deve estar consciente de que é necessário um equilíbrio na alimentação durante a gestação e a amamentação. Não são os excessos nem as restrições de alimentos que irão garantir um bebê saudável.

Enquanto a mãe 'espera o bebê', o corpo utiliza líquidos e energia vindos da alimentação para o crescimento do feto e para manter 'artifícios' que protegem o bebê (placenta e líquido amniótico). Outra parte da energia obtida através da alimentação é 'guardada' na forma de gordura e se localiza no abdômen, costas e coxas, para ser utilizada durante a gravidez e aleitamento.

Entretanto, se a gestante consumir calorias além do que necessita, a energia não será utilizada para o bem do bebê, mas sim, ficará armazenada no corpo como gordura localizada. Por esta razão, principalmente as gestantes que estão acima do peso, devem evitar consumir alimentos gordurosos como chocolates, doces cremosos e frituras, dando preferência a frutas e suco de frutas naturais, nos intervalos entre as refeições.

A alimentação da gestante não deve ser restritiva, isto significa que ela não deve deixar de consumir alimentos fontes de açúcar, bem como óleos e gorduras, porém, isto deve ser feito com moderação. Durante a gravidez, é muito importante que a mãe consuma alimentos variados, para assim, garantir o aporte de energia, vitaminas e minerais necessários para o desenvolvimento do feto. A orientação do pediatra é fundamental durante a gravidez, já que ele poderá avaliar o caso de cada gestante de modo particular.

Uma reclamação bastante comum entre mulheres grávidas é o problema do 'intestino preso'. Para combatê-lo, alimentos ricos em fibras (cereais, grãos e frutas) são grandes aliados, quando consumidos com líquidos (água, água de coco e sucos naturais). Além disso, algumas recomendações são válidas: a alimentação deve ser variada - com alimentos fontes de carboidratos (pães, cereais, batata, macarrão, biscoitos, frutas, entre outros), proteínas (carnes, leite e derivados e ovos) e gorduras (em pequena quantidade).

O que muda na alimentação da gestante:


Quanto a gestante deve comer a mais?

É evidente que o consumo de calorias, vitaminas e minerais deve ser maior em mulheres grávidas do que nas que não estão, já que o feto irá utilizar parte dos nutrientes que a mãe fornece através da alimentação.

Para mães que estão dentro da faixa de peso normal, o ganho de peso deve ser de 10 a 15
quilos, no máximo, durante a gestação. Para isso, o acréscimo de energia deve ser de apenas 300Kcal ao dia, a partir do segundo trimestre. Isto significa que a gestante não terá que consumir muitos alimentos além do que ela está habituada.

É muito importante que a recomendação de energia e nutrientes seja feita pelo ginecologista/obstetra (de preferência um nutricionista) que estiver acompanhando a gravidez, já que há variações destes valores, que dependem de características individuais como a idade, peso, estatura, IMC (índice de massa corporal) e nível de atividade física.

Para garantir a necessidade de vitaminas e minerais, ela deverá diariamente consumir carnes (fonte de ferro), leite e derivados (fonte de cálcio), assim como vegetais de coloração verde-escura, fígado de animais, feijão e ovos (alimentos ricos em ácido fólico, mineral que combate à má-formação do bebê). Outras vitaminas importantes, a gestante poderá obter consumindo frutas e grãos diariamente.

Além disso, é importante evitar alimentos fontes de cafeína como café, refrigerantes 'tipo cola' e chás, pois esta substância pode passar para o leite materno e prejudicar a saúde do bebê. Para finalizar, a futura mãe deve abolir álcool e cigarro de seus hábitos, para assim, garantir o nascimento de um bebê saudável, o que evidentemente, não tem sacrifício que pague!





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