quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Fobia social é coisa séria



Todos sabemos que a nossa cultura valoriza a magreza, principalmente a feminina e qualquer sinal de sobrepeso pode fazer com que a pessoa se torne vítima de comentários maldosos. Esta situação faz com que, muitas vezes, o obeso evite situações sociais e deixe de freqüentar ambientes por se sentir incomodado com o que os outros pensam sobre seu corpo

Embora o isolamento social possa ser uma opção feita por algumas pessoas, é necessário avaliar se este comportamento está relacionado a algum distúrbio mais grave. Enquanto para alguns, esta forma de isolamento é fruto de uma escolha consciente, para outros ela pode ser conseqüência de um quadro de fobia. Saber diferenciar o isolamento social voluntário do isolamento social causado por fobia, é um fator decisivo para o tratamento do problema.

Fobia, de um modo geral, é um medo infundado, motivado por algum objeto ou situação real ou imaginária. Normalmente, inicia-se


na infância ou na adolescência, tem evolução crônica, e tende a não desaparecer sem tratamento. Caracteriza-se pela presença de forte reação de ansiedade sempre que a pessoa enfrenta ou vai enfrentar uma determinada situação.

“O ser humano precisa do contato com outras
pessoas para se desenvolver e ter uma vida plena. Qualquer forma de isolamento social pode trazer prejuízos à vida
do indivíduo”

Existem diferentes tipos de fobias,
entre as quais pode-se citar a hidrofobia, que é o temor de água;
a claustrofobia, que é o temor de lugares fechados; a misofobia, que
é o temor de sujeira ou de contágio;
e muitas outras. A fobia social ocorre devido ao medo de situações sociais,
e traz grandes prejuízos no campo pessoal.

O fóbico social deixa de conviver com grupos de amigos e sente-se mal ao freqüentar o ambiente educacional e o de trabalho. Evita fazer esportes coletivos e freqüentar academia. Todos estes comportamentos são adotados com o intuito de evitar o convívio com grupos de pessoas, que são percebidos como ameaçadores. Quando precisa enfrentar situações sociais, o fóbico sente fortes reações de ansiedade, como calafrios, tonturas e azia. Esses sintomas aumentam ainda mais o temor de vivenciar situações semelhantes no futuro e provocam mudanças em sua trajetória de vida para evitar contato com outras pessoas.

Conforme dito anteriormente, é muito importante diferenciar o isolamento social voluntário daquele gerado por quadros de fobia. Considerando que o ser humano precisa do contato com outras pessoas para se desenvolver e ter uma vida plena, qualquer forma de isolamento social pode trazer prejuízos à vida do indivíduo. Entretanto, quando o isolamento social é fruto de um quadro fóbico, deve-se ter atenção redobrada. O tratamento adequado nesses casos é a psicoterapia, que ajuda a resolver conflitos e prevenir recaídas.

O ser humano é complexo e está o tempo todo influenciando e sendo influenciado por pessoas e situações. É normal e até esperado que surjam problemas em sua trajetória de vida. O importante é identificar e tratar a tempo esses problemas, para evitar que a vida se torne um fardo pesado para si e para os que estão a sua volta.

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