domingo, 3 de junho de 2007

Ao meio dia, um pobre velho entrava no templo e, poucos minutos depois, saía. Um dia, o diácono perguntou-lhe o que vinha fazer, pois havia objetos de valor no templo. Venho orar, respondeu o velho. Mas é estranho que você consiga orar tão depressa, disse o diácono.

Bem, retrucou o velho, eu não sei recitar aquelas orações compridas. Mas, diariamente ao meio dia eu entro neste templo e só falo: "oi, Jesus, é o Zé". Em um minuto, já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que ele me ouve. Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado em um hospital. Na enfermaria passou a exercer uma grande influência sobre todos. Os doentes mais tristes se tornaram alegres, e muitas pessoas arrasadas passaram a ser ouvidas. Disse-lhe um dia a irmã: os outros doentes falam que foi você quem mudou tudo aqui na enfermaria. Eles dizem que você está sempre tão alegre... É verdade irmã, estou sempre alegre. É por causa daquela visita que recebo todos os dias, me trazendo felicidade. A irmã ficou atônita, já notara que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. Ele era um velho solitário. Que visita? A que horas? Diariamente, ao meio dia, respondeu o Zé, com um brilho nos olhos.

Ele vem, fica ao pé da cama. Quando olho para ele, sorri e diz:

"Oi, Zé, é Jesus!"

Não importa o tamanho da oração, nem a sua religião,

mas sim a comunhão que através dela temos com Deus.

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