sexta-feira, 4 de julho de 2008

Vitaminas na medida certa!



Atualmente, a quantidade de nutrientes que ofertamos ao nosso corpo está cada vez menor, devido a diversos fatores como: plantio inadequado, uso de agrotóxicos, aumento no consumo de alimentos industrializados, etc


Por estes motivos, em alguns casos, a quantidade de nutrientes que consumimos não são suficientes para atingir as necessidades que o nosso organismo precisa para desempenhar suas funções.

Quando isso ocorre, se faz necessária a suplementação nutricional, porém é preciso que isso aconteça sob prescrição médica ou nutricional. No dia-a-dia são poucos os que procuram um profissional capacitado para avaliar a real necessidade de uma suplementação e indicação de produtos ou alimentos adequados. Muitos decidem tomar suplementos


por conta própria ou por indicação de pessoas que não tem conhecimento sobre o assunto, prejudicando assim sua saúde.

“Para ter certeza se a sua ingestão alimentar está adequada para as suas necessidades é importante consultar um médico ou nutricionista, para fazer uma avaliação presencial”.

A prescrição de suplementos deve ser feita para corrigir a deficiência e assegurar que a ingestão com a alimentação deficiente de vitaminas, minerais ou outros nutrientes atinja os níveis recomendados, e dessa forma melhore a saúde e previna doenças.


Entretanto não há dúvida de que a ingestão excessiva de algum nutriente pode acarretar efeitos indesejáveis ou adversos para a saúde. Veja a seguir um quadro com algumas vitaminas, descubra o que pode causar sua carência, o excesso e quais as fontes alimentares.

Vitaminas

Carência

Excesso

Fontes alimentares






Vitamina A

Problemas de pele, atraso no crescimento, redução de peso, perturbações na vista.

Pele seca, áspera e descamativa, fissura nos lábios, dores ósseas, dores de cabeça, tonturas, náuseas, queda de cabelos, cansaço, irritabilidade e outros.

Manteiga, leite integral, gema de ovo, fígado, queijos, espinafre, tomate, mamão, batata, abóbora.



Vitamina C

Escorbuto, problemas nas gengivas e na pele.

formação de cálculos nos rins.

Limão, laranja, abacaxi, goiaba, caju, alface, agrião, tomate, cenoura, pimenta, nabo


Vitamina D

Raquitismo, osteomalácia, cáries, descalcificação.

Pode provocar a hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue).

Óleo de fígado de peixe.



Vitamina E

Kwashiorkor (desnutrição grave com edema e despigmentação da pele e cabelo).

Compete na absorção e reduz a disponibilidade das outras vitaminas lipossolúveis, além do ferro.

Germe de trigo, nozes, carnes, amendoim, óleos vegetais, ovos.


Vitamina K

Aumento no tempo de coagulação do sangue, hemorragia.

Não há dados.

Vegetais folhosos verde escuro, cereais, frutas, ovos.


Vitaminas do complexo B (B1, B2, B6, B12)

Fraqueza muscular, distúrbios cardiovasculares, dermatite, inflamação da pele e das mucosas, anemia, depressão.

Intoxicações neurológicas, sintomas de formigamentos nas mãos e diminuição da audição, insônia, etc.

Fígado, rim, carne de porco, cereais integrais, frutas, folhas verde, nozes, gema de ovo, lentilha, soja, peixe.


Ácido Fólico

Anemia, alteração na medula óssea, distúrbios intestinais, lesões nas mucosas

Interfere na ação farmacológica de alguns medicamentos.

Carnes, fígado, feijões, vegetais de folhas verde escuras.


Atualmente é comum a suplementação da vitamina A em tratamentos estéticos. Antes de fazer qualquer tratamento, confirme com o profissional se a quantidade indicada por ele está adequada e se garante que não há um excesso de vitaminas, o que pode prejudicar sua saúde.

Diante disso, muitos se perguntam qual a quantidade ideal, não apenas das vitaminas, mas também de minerais e outros nutrientes?

Uma alimentação balanceada, ou seja, o consumo diário de cereais, verduras, legumes, frutas, carnes, leite e derivados, a escolha de alimentos saudáveis, o mais natural possível, com redução no consumo de industrializados e de alimentos que não contém nutrientes, vai contribuir com a boa ingestão de vitaminas, minerais e demais nutrientes.

É um erro não se preocupar com a nutrição que se pode obter através dos alimentos e achar que somente a suplementação pode suprir as necessidades do indivíduo. Para ter certeza se a sua ingestão alimentar está adequada para as suas necessidades é importante consultar um médico ou nutricionista, para fazer uma avaliação presencial.

Suplementos e praticantes de atividade física

O uso de suplementos para praticantes de aticvidade física tem crescido mais rápido que a elaboração de regulamentações e a realização de pesquisas científicas que comprovem seus efeitos na saúde e possam dar segurança de seu uso a longo prazo.

Barret (1997)1 alerta para o fato de que milhares de "suplementos" são comercializados com a falsa promessa de aumentar a energia, aliviar o estresse, aumentar a performance atlética e prevenir ou tratar inúmeros problemas de saúde, pois muitos destes produtos não têm o efeito prometido no rótulo comprovado por estudos científicos, como demonstram Grunewald & Bailey (1993)2. Por este motivo, consulte um profissional especializado no assunto, que possa fazer uma avaliação completa e ver se realmente é necessário a suplementação, assim sua saúde será preservada.

Referências bibliográficas:

(1) Barret S. Consumer health: a guide to intelligent decisions. 6th. Madison: Brown & Benchmark Publishers; 1997.

(2) Grunewald KK, Bailey RS. Commercially marketed supplements for bodybuilding athletes. Sports Med 1993; 15:90-103.

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