segunda-feira, 19 de maio de 2008

Rir é o melhor remédio


Medicina considera o riso benéfico para a saúde

O homem é o único ser vivo que ri e a medicina considera que o humor e o riso, em particular, promovem o bem estar e a saúde

Quem dentre nós não aprecia uma boa piada, daquelas que nos faz gargalhar até o maxilar doer de rir? Pois é, além de gostoso isso faz um bem enorme à saúde. E os palestrantes motivacionais sabem disso. Palestras assim costumam injetar no organismo doses cavalares de endorfina a ponto de manter-nos ativos e resistentes às doenças por até 48 horas (!). Mas, passa... Portanto, atenção: motivação deve ser mais do que risos! Mas, por ora, saiba que os efeitos benéficos do riso à saúde são cientificamente comprovados. Há estudos científicos que determinam a relação entre o humor e a saúde. E as primeiras observações a respeito surgiram na década de 70.

No livro “A anatomia de uma doença” temos a história de um diagnóstico grave: uma doença degenerativa que ataca a coluna vertebral e lhe concede poucos meses de vida. O personagem do livro (e da história verídica) quando se encontrava com o corpo quase todo paralisado decretou-se visitas diárias de amigos, mas com a condição de não lhe darem pêsames ou mostrarem-se entristecidos com a situação. O que podia ser feito: conversar, jogar cartas e assistir a comédias. Norman Cousins (o autor) percebeu que depois de cada um desses momentos, ele sentia menos dores, comia e dormia melhor, além de ganhar mais ânimo para a vida. Resultado: espantou médicos com os anos a mais que ganhou.

Estranho? Pode ser, mas também já e comprovado que as emoções positivas inibem a produção de dois hormônios: o estradiol e a adrenalina. Se esses hormônios estiverem em grande quantidade elevam a pressão arterial e abaixam a defesa do organismo. Assim, surgem infecções e o tratamento de muitas doenças acabam sendo dificultados. Enfim, médicos e terapeutas garantem que a alegria ajuda a curar doenças e a levar uma vida melhor. Há um ditado chinês que diz que para ser saudável deve-se rir, pelo menos 30 vezes ao dia. Se você se instalasse um “risômetro”, quantas gargalhadas diárias seriam detectadas? Ficou preocupado? Pois é bom mesmo! A situação deveria ser mais cômica, mas infelizmente é muito séria...

Já percebeu como em nossa cultura é comum dizermos: “Criança ri de tudo”? Pois é, do nascimento até os 6 anos de idade uma criança ri, diariamente, cerca de 300 vezes (!). Mas, dos 6 anos até à idade adulta essa capacidade de achar graça diminui consideravelmente. Um adulto MUITO risonho tem dificuldade de atingir a cifra de 100 risadas ao longo do dia. E os menos alegres, então? Esses conseguem rir apenas 15 vezes ao dia - e acham isso o máximo! É claro, há casos mais sérios ainda...

Não é só uma questão de ser socialmente prestigiado por ser mais sorridente. O riso – como expressão de alegria, não de necessidade social de estima e atenção – melhora o sistema cardiovascular, respiratório, imunológico, muscular, nervoso central, entre outros. E isso porque quando rimos, ativamos a circulação sangüínea, o ritmo respiratório e, portanto, a oxigenação geral do corpo. Estudos realmente comprovam: viver positivamente favorece a liberação de endorfina – substância poderosa, causadora de bem estar! Ao contrário, quem vive de forma tensa e mal-humorada libera adrenalina, noradrenalina e corticóide: substâncias que provocam queda na imunidade. A descarga desses elementos no organismo ocasiona a diminuição na produção de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa de nossas células. O estresse e o mau humor também podem causar alterações no endotélio – camada que reveste os vasos sangüíneos.Você pode estar se perguntando: e o que isso pode acarretar? Uma possibilidade maior de acumular placas de gordura nos vasos e aumentar o risco de infartos e derrames.

Quer saber mais sobre? Pesquise sobre Psiconeuroimunologia – uma área da medicina que estuda as conseqüências do bom humor na vida das pessoas.
E dias muitos sorridentes para você!

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