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Quando diante de alguma dificuldade, a maioria tende a procurar alguém, um bom amigo, uma cartomante, ou seja, alguém que ouça e ajude. Outros preferem ouvir música, jogar bola, dançar, tomar uma cervejinha com os amigos. Realmente tudo isso pode ser útil para superar as dificuldades, porém o alívio proporcionado é apenas momentâneo e superficial, quando não representa apenas uma fuga. Você já reparou que quando procuramos alguém para desabafar, o outro sempre tenta contar a sua própria história e ficamos com a sensação de que não fomos ouvidos? E naquele momento você precisava de alguém que o ouvisse com atenção e pensasse junto para aliviar a dor e ajudá-lo a trilhar um novo caminho. É nisto que o processo psicoterapêutico se difere. A Psicologia, com suas técnicas científicas, pode realmente ajudar as pessoas a viverem melhor, pois o objetivo maior é o autoconhecimento. É preciso deixar claro que quando se procura um profissional, ele não está lá para dar conselhos, julgar, dizer se você está certo ou errado, mas sim para pensar junto e ajudá-lo a chegar na verdade, em quem você realmente é. O importante é procurar um profissional com sensibilidade para entender sua dor e que lhe faça sentir acolhido. A origem de todas as dificuldades geralmente encontra-se na educação rígida da infância, naquilo que nos fizeram acreditar ainda crianças, na falta de demonstração de amor e confiança. Tudo isso gera adultos inseguros, sem auto-estima, auto-respeito e amor-próprio e com muito medo de se conhecerem. Assim, afastam-se cada vez mais de quem são realmente. Acreditam na falsa ilusão que, ao olharem profundamente para dentro de si mesmos, descobrirão algo muito feio de se ver, o que na verdade é exatamente o contrário. Quando se conhecem, descobrem-se muito melhores do que um dia os fizeram acreditar e passam a se respeitar, acreditar em si mesmos e a se amar e isso faz toda a diferença! Infelizmente, o preconceito mistura-se com a ignorância, fazendo com que muitos deixem de se beneficiar do trabalho terapêutico. Participar deste processo ainda é considerado "coisa de louco" quando, na realidade, a alienação de si mesmo é que se torna um dos grandes geradores de conflitos.
Será que a hora de procurar é essa? |
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