| Suspeita-se que a cafeína seja utilizada desde o período paleolítico. Relatos mais confiáveis sugerem que ela tem sido consumida há milênios. Os chineses já a consumiam no século IV a.c.
A cafeína, um composto químico que pertence ao grupo das xantinas, é encontrada em mais de 60 tipos de plantas, apresenta-se sob a forma de um pó branco, é extremamente solúvel em água quente, não tem cheiro e o seu sabor é amargo. Dentro do grupo das xantinas, a cafeína é a que mais atua sobre o sistema nervoso central. |
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As principais plantas que contém o princípio ativo cafeína são: o chá mate (as folhas e talos), a cola (utilizada em alguns refrigerantes), o café (as sementes), o guaraná (os frutos) e o cacau (os frutos). Entre os alimentos, os que mais contém cafeína são: café, chá, alguns refrigerantes e o chocolate. Além dos alimentos, alguns medicamentos também contém cafeína como os antigripais, por exemplo.
Dos alimentos que contém cafeína, é no café que encontramos a substância em maior quantidade. Uma xícara média de café contém, aproximadamente, 100 miligramas de cafeína. Já uma xícara de chá ou um copo de certos refrigerantes contém, em média, 40 miligramas.
Por exercer ação estimulante no sistema nervoso central, se consumida em grande quantidade, a cafeína pode causar irritabilidade, ansiedade, inquietação e insônia. Por isso, o mito de que tomar café a noite tira o sono e que acelera o metabolismo.
“Se a pessoa não consumir cafeína em excesso e sua alimentação contemplar as necessidades de cálcio e outros nutrientes, o consumo de cafeína não será um fator determinante para o desenvolvimento de osteoporose” | | A cafeína, no cérebro, atua sobre os receptores do hormônio adenosina, exercendo ação inibidora sobre esse hormônio, impede que ele aja como redutor da pressão sanguínea, da frequência cardíaca e da temperatura corporal, fatores responsáveis pela sensação de sono. |
Além desses efeitos, a cafeína, consumida moderadamente, apresenta ação antioxidante, atua no combate aos radicais livres e, consequentemente, diminui os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
Com relação à absorção do cálcio, dados reunidos em uma pesquisa indicam que a cafeína não é prejudicial ao metabolismo ósseo desde que a pessoa consuma uma necessidade adequada de cálcio na dieta.
Estudos com relação ao consumo de cafeína e o desenvolvimento de osteoporose ainda são contraditórios, pois o desenvolvimento da doença não depende somente do metabolismo do cálcio. Outros nutrientes estão envolvidos como: manganês, magnésio, vitamina D, boro, e também fatores como: idade, sexo, raça, atividade física, consumo de álcool, uso de medicamentos e fumo.
Mas se a pessoa não consumir cafeína em excesso e sua alimentação contemplar as necessidades de cálcio e outros nutrientes, o consumo de cafeína não será um fator determinante para o desenvolvimento de osteoporose.
Um estudo¹ sobre os efeitos da cafeína na saúde humana indicou que seu consumo moderado (máximo de 4,6 mg/kg de peso), por adultos saudáveis em idade reprodutiva, não está associado a efeitos adversos. De forma geral, para aqueles que apreciam as bebidas à base de cafeína, procure não ultrapassar a quantidade de até três xícaras (chá) por dia.
Sendo assim, não precisa cortar o cafezinho de todo dia, o chocolate consumido esporadicamente e os chazinhos das noites frias. Não ultrapasse a quantidade adequada por dia, que sua saúde e bem-estar não serão prejudicados.
Referência: 1. De Maria, Carlos A. B.; Moreira, Ricardo F. A. Cafeína: revisão sobre métodos de análise. Química Nova, 2007, vol.30, n. 1, ISSN 0100-4042. |
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