sexta-feira, 13 de junho de 2008

Você é uma pessoa ciumenta?



Diz-se que o ciúme é o tempero do amor. E como todo tempero, não pode ultrapassar certos limites, para não se tornar indigesto.

Os relacionamentos entre as pessoas sempre pressupõem um certo ciúme, o que indica que existe interesse mútuo. É um sentimento de origem complexa, pois envolve pensamentos, emoções, reações físicas e comportamentos.

Em princípio, é um sentimento natural e instintivo, vivenciado por todas as pessoas em algum momento da vida. A ausência ou o excesso dele pode prejudicar o relacionamento entre pessoas que se querem bem. Sua causa fundamental é o temor da perda, envolve sempre três ou mais pessoas. O sujeito ativo é a



pessoa que tem esse sentimento, o sujeito passivo é a pessoa de quem se sente ciúme e a terceira pessoa é o pivô ou motivo do ciúme.

Moderado e ocasional, ele pode ser saudável e potencializar as emoções, tornando-se um estímulo positivo ao amor. O ciúme positivo protege o relacionamento, pois demonstra aos membros do casal que um não deve considerar o outro definitivamente conquistado. Isso pode estimular o casal a continuar fazendo um esforço consciente para assegurar que o parceiro se sinta valorizado e amado.

“A psicoterapia individual ou de casais pode ajudar muito quando o ciúme é excessivo e interfere no bom relacionamento. O tratamento fortalece a autoconfiança. Apenas quem confia em si mesmo é capaz de confiar nos outros”

Quando o ciúme é intenso e irracional, quase sempre acaba afastando o casal, pois sua manifestação é desproporcional à situação. Por exemplo: quando o homem faz uma cena embaraçosa de protesto porque sua mulher foi beijada na face por um velho amigo que ela reencontrou por acaso.


Muitas vezes a pessoa ciumenta, na ânsia de não perder o ser amado, fere os sentimentos dele com acusações irreais, o que vem a abalar os laços que os unem. A pessoa ciumenta dificulta a liberdade do parceiro, invade seu espaço pessoal e sua privacidade. Abre correspondências, ouve telefonemas, examina bolsas e bolsos, segue ou contrata alguém para seguir a pessoa objeto de ciúme.

O controle que o ciumento tenta manter sobre o parceiro vai “sufocando” a vítima, a qual se afasta cada vez mais para ter a tranqüilidade necessária para viver. Quem convive com uma pessoa muito ciumenta compromete sua espontaneidade, pois vive “pisando em ovos” para evitar uma crise. A vítima fica cada vez mais ressentida, com aquilo que considera ser falta de confiança do companheiro nos laços que os unem.

Problemas emocionais, com origem na infância, podem ser a causa do ciúme doentio. A insegurança e a baixa auto-estima são características muito comuns em pessoas com esse sentimento.

As pessoas com ciúme excessivo sentem um grande medo de perder o amor da pessoa amada. Na maioria das vezes esse medo é irreal. Essa fantasia alimenta pensamentos negativos, que por sua vez aumentam o ciúme.

A psicoterapia individual ou de casais pode ajudar muito quando isso se torna excessivo e interfere no bom relacionamento. O tratamento fortalece a autoconfiança. Apenas quem confia em si mesmo é capaz de confiar nos outros.

Por isso, comemore o dia dos namorados com apenas uma pequena pitada de ciúme. O amor fica mais forte e o sexo mais apaixonado.

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