Escolher um anticoncepcional é um dos primeiros passos para a conquista de uma vida sexual plena e saudável. Isto porque, ao se proteger de uma gravidez indesejada, o casal fica mais seguro e pode desfrutar da intimidade sem medo. Todos os tipos de contraceptivos têm como objetivo evitar que o espermatozóide encontre o óvulo. O que muda é a maneira como cada um atua no organismo feminino
Frases como "desde que comecei a tomar pílula já engordei uns cinco quilos!"; "meu apetite aumentou muito depois que comecei a usar a pílula", são muito mais comuns do que se imagina. Mas vamos à pergunta que não quer calar: é mesmo verdade que as mulheres engordam quando começam a tomar pílula? A resposta é: sim e não. "Engordar ou não depende de inúmeros fatores, como a dose e o tipo de hormônio contido na pílula e características pessoais relativas ao metabolismo de cada mulher. Os efeitos não ocorrem em todas as mulheres e, normalmente, se resolvem nos três primeiros meses de utilização", garante a
ginecologista Mariana Maldonado, de São Paulo.
“Levando em conta a idade, as condições de saúde e o estilo de vida sexual, entre outros fatores, o profissional ajudará na decisão”
Uma coisa é certa: desde que ela foi criada, na década de 60, muita coisa mudou, para alívio das usuárias. As altas doses hormonais contidas nas primeiras pílulas foram substancialmente reduzidas com um único objetivo - diminuir ao máximo os efeitos colaterais, sem prejudicar seu principal efeito, a proteção contra a gravidez.
Hoje em dia, existem mais de 60 pílulas anticoncepcionais disponíveis no mercado, com diferentes tipos e dosagens hormonais. Quanto mais baixa for a dose, menor a chance de sofrer com os temíveis efeitos colaterais. Além de pílulas, existem outras formas de evitar a gravidez, diz a médica.
Hoje, além de opções tradicionais como pílula, DIU e diafragma, existem outras - especialmente recomendadas para quem vive esquecendo de tomar o comprimido, por exemplo - como implante subcutâneo, adesivo e anel vaginal, capazes de liberar hormônio gradualmente durante todo o mês. É preciso entender que para cada mulher há um método adequado, explica a ginecologista e obstetra Silvia El Faro, de São Paulo.
Analise todos e veja o que mais se enquadra ao seu perfil. Levando em conta a idade, as condições de saúde e o estilo de vida sexual, entre outros fatores, o profissional ajudará na decisão. É bom lembrar ainda que contraceptivo hormonal não evita doenças sexualmente transmissíveis, como aids, sífilis e herpes genital. Portanto, faça sexo seguro e, na dúvida, use também a camisinha, alerta a ginecologista.
DIU de progesterona
Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: o dispositivo intra-uterino em forma de 'T' é colocado dentro do útero pelo ginecologista. Libera progesterona gradativamente, impedindo a ação do espermatozóide.
Vantagens: geralmente o fluxo menstrual diminui ou desaparece. O produto só é trocado a cada cinco anos e está liberado para quem amamenta.
Desvantagens: pode causar acne, cefaléia, aumento de peso, endurecimento e dor nas mamas.
Contra-indicações: não deve ser utilizado por pacientes que já tiveram infecções pélvicas ou com suspeita de câncer ginecológico.
Eficácia: 99,5%.
Implante de progesterona
Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: uma haste implantada com anestesia local sob a pele, na região do braço. Joga gradualmente na corrente sangüínea um hormônio derivado do progesterona, inibindo a ovulação.
Vantagens: em 70% dos casos, suspende a menstruação e acaba com as cólicas e sintomas de tensão pré-menstrual. Fica no corpo até três anos e está liberado durante a amamentação.
Desvantagens: pode provocar acne, cefaléia, aumento de peso, endurecimento e dor nas mamas.
Contra-indicações: mulheres que tenham sangramento irregular.
Eficácia: 99,5%.
Injeção de hormônios
Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: aplicada na região glútea, a injeção de estrogênio e progesterona inibe a ovulação.
Vantagens: mantém a menstruação regular. Ministrada uma vez por mês, é ideal para quem esquece de tomar a pílula.
Desvantagens: pode causar aumento da pressão arterial, tontura, náuseas e vômitos.
Contra-indicações: não recomendada a fumantes e mulheres acima de 40 anos, pois o estrogênio aumenta os riscos de problemas cardíacos. O método não deve ser usado no período de amamentação.
Eficácia: 99,5%.
Adesivo
Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: fixado sobre a pele, libera continuamente hormônios que inibem a ovulação. Precisa ser mudado a cada sete dias, durante três semanas seguidas. Após o período, é feita pausa para a menstruação.
Vantagens: não provoca efeitos colaterais e é trocado somente uma vez por semana, sendo uma boa opção para pessoas que esquecem freqüentemente de tomar a pílula.
Desvantagens: pode desgrudar da pele, comprometendo sua eficiência.
Contra-indicações: não deve ser usado por fumantes e mulheres acima de 40 anos, devido a riscos cardíacos, e nem no período de amamentação.
Eficácia: 99,5%.
Diafragma
Tipo: anticoncepcional de barreira.
Como funciona: um pequeno anel de metal recoberto por uma película de borracha ou silicone é colocado pela própria mulher dentro da vagina, meia hora antes da relação sexual e retirado oito horas depois. Sua função é bloquear a penetração do espermatozóide no útero. Inicialmente, o tamanho é medido pelo médico.
Vantagens: é durável (se bem conservado, pode ser usado por dois ou três anos), discreto e não provoca efeitos colaterais.
Desvantagens: nem sempre é fácil removê-lo. Para garantir sua eficiência, tem de ser usado com um creme espermicida.
Contra-indicações: não há.
Eficácia: 98% a 99%.
Camisinhas
Tipo: anticoncepcional de barreira.
Como funciona: a masculina (feita de látex) e a feminina (de poliuretano) são colocadas respectivamente no pênis e na vagina, impedindo a penetração do espermatozóide no útero.
Vantagens: elas não alteram a ovulação da mulher e protegem contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Desvantagens: não há. Acostumar-se a elas é uma questão de tempo.
Contra-indicações: para pessoas alérgicas ao material utilizado na confecção.
Eficácia: 98% a 99%.
Pílula
Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: os comprimidos (geralmente são 21, apresentados em uma cartela mensal) devem ser tomados diariamente para que os hormônios contidos neles bloqueiem a ovulação.
Vantagens: existem vários tipos de pílula, com diferentes dosagens de hormônios. Se a mulher não se der bem com uma, consegue substituí-la.
Desvantagens: pode causar cefaléia, enxaqueca, dores nas mamas, secura vaginal, diminuição da libido, aumento da pressão arterial, náusea, ganho ou perda de peso, alterações no humor, acne e sangramento irregular.
Contra-indicações: os hormônios combinados (estrogênio e progesterona) não devem ser usados por fumantes e mulheres acima de 40 anos; por quem amamenta, sob o risco de diminuir a produção de leite, por pessoas com problemas neurológicos graves, hipertensas, com antecedentes de trombose, diabéticas ou com câncer de mama.
Eficácia: 99,5%.
Anel vaginal
Tipo: anticoncepcional hormonal.
Como funciona: um anel flexível de superfície lisa, que contém hormônios, é colocado pela própria mulher na parte superior da vagina, liberando continuamente essas substâncias e inibindo a ovulação. Deve ser trocado a cada 21 dias.
Vantagens: os hormônios entram diretamente na circulação, evitando alguns efeitos colaterais desagradáveis - como acne, cefaléia, aumento de peso e dor nas mamas - da pílula. Aplicado uma vez ao mês, é indicado para pessoas que esquecem freqüentemente de tomar o contraceptivo oral. Discreto, não interfere em nada na relação sexual.
Desvantagens: pode aumentar um pouco a secreção vaginal, pois necessita de alguma manipulação para ser inserido.
Contra-indicações: não deve ser usado por fumantes e mulheres acima de 40 anos, por mulheres no período de amamentação, por pessoas com problemas neurológicos, hipertensas, diabéticas ou com câncer de mama.
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Há 4 anos
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