quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Nosso planeta e as atitudes – Parte I


Não é preciso ser cientista para reconhecer que nosso planeta está com sérios problemas. Basta ter sensibilidade para perceber que os problemas estão na nossa mesa, nos alimentos que comemos; dentro do filtro, na água que bebemos; debaixo de nossos pés, no solo contaminado; ao redor de nossas cabeças, no ar que respiramos

Ar, água, solo e alimentos contaminados constituem a dura resposta do planeta contra a ação dos homens, principais agentes poluidores da Terra.

A principal fonte de poluição do ar são os gases provenientes dos veículos e das fábricas que utilizam processos de combustão. O ar existente a pouco mais de cem quilômetros da cidade de São Paulo é muito diferente do ar que se respira dentro da capital.

Fadiga, dor de cabeça e ardência nos olhos são as reações mais comuns do organismo exposto à mistura de gases tóxicos. Uma



pesquisa realizada pelo Incor com agentes de trânsito concluiu que a exposição aos gases tóxicos em São Paulo pode aumentar os batimentos cardíacos e elevar a pressão arterial nos dias de maior concentração de gases na atmosfera.

“Ar, água, solo e alimentos contaminados constituem a dura resposta do planeta contra a ação dos homens, principais agentes poluidores da Terra”

O estudo indicou que a longo prazo a poluição aumenta a possibilidade de ocorrer derrame cerebral e infarto do miocárdio. Quem vive nas grandes cidades não sente de imediato os efeitos da poluição. Os agentes poluidores acumulam-se no organismo e, no futuro, poderão ocasionar doenças que nem sempre serão atribuídas ao ambiente.


A maior preocupação dos ecologistas é com a camada de ozônio, situada a quinze quilômetros da superfície da Terra, e que funciona como um escudo protetor contra os raios nocivos do sol. A destruição dessa camada vem aumentando os casos de câncer, especialmente os de pele, sem que quase nada seja feito para corrigir o seu avanço.

É necessário que cada pessoa se torne responsável pela despoluição do ar, não provocando queimadas, cuidando da qualidade do ar que sai do motor do próprio carro, não fumando e dando preferência a produtos não poluentes. Na hora de votar nos governantes, é importante escolher os que estão comprometidos com a causa ambiental.

Entre os elementos naturais, é muito provável que a água seja a principal vítima do século vinte e um. Cerca de vinte doenças podem ser transmitidas direta ou indiretamente pela água contaminada: cólera, tifo, amebíase, hepatite, poliomielite, malária e muitas outras. Segundo a Organização Mundial da Saúde, oitenta por cento das internações hospitalares do mundo resultam de doenças transmitidas pela água contaminada.

Há diversas formas de poluição dos mananciais de água: a biológica, a térmica, a sedimentar e a química. Entretanto, o que mais choca é constatar que nascentes e leitos de córregos e rios são diariamente poluídos, mesmo que não haja por perto nenhuma indústria. As pessoas que vivem nas suas proximidades realizam a proeza, sem nenhum escrúpulo, de jogar garrafas, latinhas, pneus velhos, plásticos - enfim todo tipo de lixo -, em pequenos fios de água pura, que indefesos vão aos poucos sendo destruídos.

O corpo humano é composto basicamente por setenta e cinco por cento de água. Por isso precisamos ingerir pelo menos seis a oito copos de água por dia. Essa água deve ser saudável, isto é ser potável. Se as nascentes continuarem sendo destruídas, que espécie de água estará reservada para as gerações futuras? Sem água, ou com água poluída, o ser humano não sobrevive.

A adição de materiais capazes de modificar as características naturais e a utilização do solo é outra nefasta influência dos seres humanos sobre o planeta. Esgotos, exploração de minérios, e o lixo doméstico, industrial e agrícola são as principais causas da contaminação do solo. Trata-se de uma verdadeira bomba de efeito retardado, pois sua ação sobre o organismo pode ser fatal.

Felizmente, tem gente querendo dar um basta aos agentes poluidores e reverter a situação desesperadora de nosso planeta. Na próxima semana abordaremos as atitudes práticas que devem ser adotadas para cada um fazer a sua parte nessa luta pela sobrevivência. Não percam!!

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