Passar a vida se colocando em segundo, terceiro plano só faz mal a você mesma. Mude o foco das coisas e valorize-se!
Algumas mulheres estão sempre em busca de alguém que as ame profundamente. Esforçam-se e fazem de tudo para agradar, no intuito, ainda que inconsciente, de receberem algum reconhecimento. Assim, se superam e se sobrecarregam e, muitas vezes, sem perceber, vão diminuindo cada vez
mais o tempo que tinham para cuidar de si mesmas.
Mas nem agindo assim conseguem obter a atenção do companheiro. Aos poucos vão se sentindo desvalorizadas, desmotivadas, sem ânimo para cuidar delas mesmas, mas continuam se esforçando para cuidar do outro. Se tiverem filhos e um trabalho, o tempo para si praticamente não existe mais.
Procuram manter a ordem de tudo e, quando o marido chega em casa, na maioria das vezes, ignora tudo o que foi feito para que eles possam usufruir o conforto do lar. Alguns homens agem como se tudo que está ali, pronto para que eles possam descansar, fosse realizado num passe de mágica. Nada dizem, nada demonstram, a não ser indiferença.
A mulher que está ao seu lado passa despercebida. Não há um elogio, um carinho e ela se abandona cada vez mais. Alguns não conseguem perceber o mal que estão começando a provocar: carência afetiva. Ele provoca e ela permite. Para diminuir a subnutrição emocional, ela come mais e mais.
Quando há pouco ou nenhum reconhecimento por tudo que se faz é comum perder o interesse em continuar fazendo. Mas, como algumas coisas não são possíveis de serem deixadas de lado, deixam cada vez mais a si mesmas.
Tudo isso acontece num processo lento e quase sempre inconsciente. A desmotivação e a baixa auto-estima começam a se sobrepor. Começa o processo de compensação, quanto menos recebe, menos acredita nela mesma e mais come. Como sente que não consegue ter o prazer de ser amada da forma que gostaria, começa a ter prazer em comer.
Começa uma corrida por vários médicos, como se buscasse em cada um deles a atenção que não recebe do marido. Busca nos grupos de auto-ajuda o incentivo que não encontra dentro da própria família. Comendo mais, engorda e assim começa um círculo vicioso. Come, consulta médicos, faz regime, toma medicações, recorre a tudo que aparece pela frente. Quer realmente emagrecer, mas ainda com o intuito de agradá-lo.
Ele muitas vezes não percebe ou a cobra ainda mais. Durante um tempo, consegue chegar ao peso desejado, mas depois tudo volta como era e a insatisfação diminui ainda mais a vontade de continuar a fazer algo por si mesma. Sentindo que se não é merecedora de nada ou de muito pouco por quem ela faz tanto, passa a não acreditar nela mesma. Não há motivação para continuar.
Aquilo que faz a vida ter sentido é o nosso interior. Ainda que valorizemos o externo, é o interno quem deve nos fazer sentir que estamos no caminho certo.
Na verdade, não é que falta motivação para manter um programa de reeducação alimentar, falta motivação para se sentir merecedora de ser amada, pois não é correspondida em suas necessidades de afeto, atenção, amor. O amor do outro é importante sim, mas é preciso ter a consciência que enquanto não descobrir o amor por si mesma, essa busca desenfreada por algo que a alimente irá continuar. Não há motivação para se amar.
Passados alguns anos, algumas mulheres se dão conta de que algo deve estar acontecendo, não na relação, mas preocupam-se com seu peso que a essa altura já está muito acima da sua média. Esse é o momento de começar a se fazer algumas perguntas.
Desde quando há conflitos na relação? O que a fez aumentar o peso? Será que não começou a comer mais quando esses conflitos começaram e sequer percebeu? O que sente e o que a faz comer compulsivamente? Quando tudo começou? A busca por essas respostas pode fazê-la refletir que o problema não é o peso, ainda que muitas afirmem que seja, mas sim o que gerou esse excesso de peso.
Os conflitos na relação afetiva podem gerar a busca compulsiva pela comida e o excesso de peso, mas depois de incorporado, não são os conflitos que comprometem o resultado de um programa de reeducação alimentar, mas sim quando os novos hábitos que foram adquiridos com tanto esforço são abandonados.
É correto se abandonar pelo fato de alguém, ainda que seja a pessoa que ama, não corresponder ao que espera? É possível depender do amor ou do reconhecimento de alguém para buscar o que quer para você? Até quando vai esperar que alguém te motive para ter a certeza que é capaz de conseguir?
Aquilo que faz a vida ter sentido é o nosso interior. Ainda que valorizemos o externo, é o interno quem deve nos fazer sentir que estamos no caminho certo. E se você não gosta de você mesma e não cuida do seu corpo nem de você mesma como cuidaria de alguém que ama, como espera ser amada?
Enquanto buscar motivação em alguém irá sempre se decepcionar, se frustrar. A motivação está dentro de você e não fora! Claro que você pode ter o peso que deseja, desde que acredite em você, se ame e entenda que comida não é amor!
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Há 4 anos
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